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Racismo à brasileira!


Manhã de domingo numa cidadezinha do interior, seis amigos de infância se reúnem religiosamente a anos, todos descendentes de imigrantes  que criaram a cidade. O mais novo tem 63 anos, todos aposentados, o assunto é o de sempre falar mal de tudo, começando do govêrno que não presta, aposentadoria que é uma merda, etc. detalhe: todos tem uma situação financeira excelente, são profissionais liberais, empresários, etc.. Um deles está impaciente e reclama, cadê o negrão ? - negrão é um procurador do Estado aposentado, azulado de tão preto. Eis que chega bufando ,é o mais velho da turma com setenta e tantos  anos, o amigo birrento vai logo dizendo - porra meu ficou ajudando a Conceição lavar a louça? faz mais de uma hora que estamos esperando, aí começa a conversa mole de sempre , rolando..... rolando.... nesse momento passa um negrinho acompanhado de uma mulata seis e meia da tarde para mais,  escultural, padrão globo.
Os amigos que estavam justamente discutindo sobre seus antepassados europeus, exceto o negrão, param  para olhar o monumento. Puta merda! isso não é mulher é uma deusa.... dizem.... ficam maravilhados com a jovem mulata, nesse momento um deles lembra do negrinho abraçado com ela e não se aguenta - como é que pode  em pessoal, negrinho metido. não é mulher para ele, vai ver ganhou uma bolada na loteria e ela está aproveitando, o negrão concorda com tudo balançando a cabeça.
Um estrangeiro que estivesse presenciando a cena ficaria completamente confuso, afinal, o negrinho era um preto metido a mulata uma deusa e o amigo negrão mais branco que eles. Freud entraria em colapso para entender o racismo brasileiro. Abençoado País esse. Ah! ia esquecendo, o amigo empresário era casado com uma nissei e tinha só oito filhos.

http://www.geledes.org.br/racismo-preconceito/23334-racismo-a-brasileira

Justiça do DF concede liberdade a australiana que agrediu manicuresLouise Stephanie começou as agressões quando percebeu que seria atendida por uma manicure negra

Publicação: 16/02/2014 22:20 Atualização: 17/02/2014 18:00

A estrangeira que foi presa em flagrante, acusada de cometer racismo contra duas funcionárias e uma cliente de um salão de beleza na quadra 115, da Asa Sul não ficou nem 24 horas presa e já foi solta. Apesar de o crime ser inafiançável, ela teve a liberdade provisória concedida pela Justiça, nesse sábado (15/2) segundo informações do plantão do Tribunal de Justiça do DF e Territórios.

Louise Stephanie começou as agressões quando percebeu que seria atendida por uma manicure negra. Nesse momento, ela teria dito que a funcionária era "raça ruim" e ainda pediu que a vítima se retirasse. Ela foi levada para a Penitenciária Feminina do DF e dormiu uma noite no local. 

A Polícia Civil informou que a mulher foi presa por racismo e não por injúria racial, pois disse que não poderia ser atendida pela funcionária negra. Ela ter sido levada para a penitenciária comprova que foi detida por racismo, segundo a polícia. Se fosse por injúria, ela teria apenas assinado um termo de comparecimento à Justiça e seria liberada.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), a juíza constatou que a a australiana atende às condições para responder em liberdade: ré primária, endereço fixo, atividade lícita, não existe início de prova de personalidade voltada para o crime.

A suspeita responde pelo crime de racismo e é acusada de praticar, induzir e incitar a discriminação ou preconceito de raça, etnia, religião ou procedência nacional. 

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Memória
Os dois casos não são os únicos quem vêm a público no DF. Em junho do ano passado, a aposentada Nathércia de Andrade, 48 anos, xingou funcionários da panificadora Belini, na 113 Sul. A mulher não concordou com o valor cobrado por um suco de abacaxi e chamou os atendentes de "negros que queriam roubá-la". Ela foi presa, mas também acabou solta. 

No ano anterior, o médico Heverton Octacílio Menezes, 62 anos, também agrediu uma mulher verbalmente por ela ser negra. Marina Serafim dos Reis, 25, trabalhava na bilheteria de um cinema na Asa Norte e pediu que o médico esperasse para que ele fosse atendido. Nesse momento, ele falou que o lugar dela era "na África, cuidando de orangotango". 

Materia completa no link abaixo:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2014/02/16/interna_cidadesdf,413132/australiana-que-havia-agredido-manicures-negras-na-asa-sul-foi-solta.shtml

Distrito Federal registra média de 11 casos de racismo por mês
Alta demanda do serviço de Disque-Racismo comprova que esse crime ainda é recorrente. Australiana que havia agredido manicures negras na Asa Sul foi solta por determinação da Justiça

Publicação: 17/02/2014 06:43 Atualização:

A cobradora Claudinei Gomes foi xingada de 'negra ordinária' em um ônibus e hoje vai registrar ocorrência na polícia (Gustavo Moreno/CB/DA Press)
A cobradora Claudinei Gomes foi xingada de "negra ordinária" em um ônibus e hoje vai registrar ocorrência na polícia

Em menos de um ano, o Disque-Racismo do Distrito Federal recebeu aproximadamente 8 mil ligações. Do total, 126 foram classificadas como racismo — uma média de 11 casos por mês. Os crimes ocorreram entre março do ano passado e este mês, em diversos pontos do DF. Em 2012, de acordo com números da Secretaria de Segurança Pública do DF, foram 407 registros de racismo e injúria racial. Somente na última sexta-feira, pelo menos duas mulheres foram vítimas da intolerância e do preconceito por conta da cor da pele. Em um dos casos, a acusada, uma australiana, foi presa em flagrante. Não ficou nem 24 horas detida e já foi solta. No outro, a mulher ainda não foi identificada.

Os casos registrados pelo Disque-Racismo indicam que, a cada mês, pelo menos 11 ocorrências de racismo são registradas no DF. Nas denúncias não estão incluídos os casos de injúria (veja O que diz a lei). Os funcionários que recebem as ligações são preparados para fazer o acolhimento, tirar as dúvidas e classificar as denúncias de acordo com o que é relatado. O programa é coordenado pela Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial do DF (Sepir-DF).

O secretário da pasta, Viridiano Custódio, explica que tem trabalhado em projetos para o combate ao racismo. São realizadas palestras com a sociedade, com o objetivo de garantir a história da cultura negra e dos africanos. Custódio reprova as ofensas sofridas pelas duas vítimas na sexta-feira e diz que as mulheres serão procuradas pela equipe. “Vamos oferecer um serviço de acompanhamento. Temos acordo com a Defensoria Pública e com a Ordem dos Advogados do Brasil. É importante que as pessoas registrem ocorrência. Hoje, já temos uma conscientização da sociedade para não tolerar mais esse tipo de crime”, afirma.

Coordenadora do Movimento Negro Unificado do DF, Jacira da Silva afirma que é preciso dar um basta em todos os tipos de discriminação racial. Ela explica que o racismo sempre vem depois de uma ofensa, um tumulto ou uma desavença. “Mas a pessoa discriminada está buscando seus direitos, fazendo boletim de ocorrência, chamando a polícia. A vítima tem de denunciar. Quem discrimina precisa responder pelo que fez”, diz. Jacira afirma que qualquer tipo de discriminação afeta um grupo muito maior do que só a própria vítima. “Estão agredindo a nossa história. É um pedacinho de cada um. Quando alguém é discriminado, todo povo brasileiro é discriminado. Nossa origem é africana. É preciso dar um basta nessa intolerância”, complementa a coordenadora do movimento.

Matéria completa no link abaixo:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2014/02/17/interna_cidadesdf,413152/distrito-federal-registra-media-de-11-casos-de-racismo-por-mes.shtml


Daniel Campos
21/10/2012
 - Doutora Josefina não pode cair

Texto do dia

A mão branca empunha o chicote e lá vem mais uma chibatada nessa mulher que já tem o couro marcado por tantos golpes, traições, injustiças, preconceitos... Estalos e gritos... Negros de pele, de raiz e de coração chorem e lutem por essa mulher que é feita de fibra, da lida e do amor aos seus. Maranhense do interior, filha de quebradeira de coco-babaçu, conheceu de muito perto a fome, a miséria, o racismo. Aos seis anos de idade, antes dos cadernos e livros, suas mãos pegaram em vassouras, rodos, ferros de passar, panelas...

Como podem levar para o tronco uma negra que, para sobreviver, aos oito anos foi separada da mãe para trabalhar em casa de família no Rio de Janeiro? Deixou o Maranhão, mas levou consigo o povoado Manoel Bravo, que a viu nascer, mas não teve tempo de vê-la crescer. O espírito de seus ancestrais sempre lhe deram força, luz e proteção. Tudo o que fez e faz sempre foi para dar orgulho a sua gente. Mais do que uma semente de babaçu, a negra foi semente de esperança. Com trabalho e estudo, a negra virou doutora na capital do país.

Josefina Serra dos Santos, professora do que é e do que quer a negritude. Josefina Serra dos Santos, advogada dos que não tem terra, dos que não tem teto, dos que não tem renda... Josefina Serra dos Santos, militante dos que não tem vergonha de ser negro, de ser quilombola, de ser excluído... Josefina Serra dos Santos, petista da base e das estrelas que não beija a mão de cacique algum. Josefina Serra dos Santos, símbolo da liberdade, da superação, da lealdade... Josefina Serra dos Santos, EX-secretária de Igualdade Racial do Distrito Federal...

O retrato vivo da negritude brasileira foi exonerado sem mais nem menos. Politicagem?! Perseguição?! Falta de apadrinhamento?! Será que a Lei Áurea perdeu a validade? Querem mandar doutora Josefina de volta para o fogão, para o tanque, para o pano de chão. No país do racismo disfarçado, maquiado, velado, o negro que não se curva ao coronel tem de ficar na senzala. E doutora Josefina não vai rasgar seus ideais ou esquecer sua gente ou pintar sua pele para ocupar um posto de sinhazinha.

Ogum e Obá, orixás da guerra, orixás guerreiros, valei por essa negra que tem axé da cabeça aos pés. Doutora Josefina é mulher forjada a ferro e fogo como espada de Ogum, que contra sua lâmina não se levante mal algum. Doutora Josefina é resistente, não quebra nem deixa quebrar, como escudo de Obá. Pelos tambores do Maranhão, que essa negra seja liberta de tanta sofreguidão. Porque com Doutora Josefina vem uma multidão de negros e não negros lutando por Justiça de fato e de direito, Kaô Kabecilê Xangô, por uma abolição de verdade, por um país liberto da crueldade do preconceito.

Doutora Josefina não pode ser descartada como se fosse a carne mais barata do mercado. A história de Doutora Josefina não pode ser ignorada. Doutora Josefina não pode ser exonerada. O grito da negritude não pode ser calado. O sonho dos negros não pode ser censurado. As ações de Doutora Josefina não podem ser esquecidas. A mulher que sempre encheu a boca para falar que sua vida é a luta por uma alforria coletiva não pode ser vencida. Doutora Josefina não pode ser proibida de trabalhar, de denunciar, de sonhar...

Pelos negros e não negros, Doutora Josefina não pode cair, Doutora Josefina precisa ficar.




Da moda para o mundo do Direito

Por Walter Brito

Silvestre Rodrigues (foto acima) faz parte da geração Brasília, que fez sucesso como modelo. Nos anos 80, Silvestre participou do concurso de modelo, The Look of the Year, ao lado do ator da TV Globo Carlos Casagrande (foto abaixo, - E ex-colega do Silvestre); com a presença de Luiza Brunet, do estilista Luiz de Freitas, entre outros famosos.


  • O concurso deu oportunidade ao brasiliense de trabalhar no Rio de Janeiro, São Paulo, Nova York, Paris e Milão, quando Silvestre assinou contrato exclusivo com a Ellus.
    Formado em 1994 no curso de Direito, o brasiliense partiu para uma outra luta, empreendida nos fóruns, delegacias e tribunais do Distrito Federal, exercendo a honrada profissão de advogado.
    Conhecedor profundo da questão racial do Brasil, Silvestre (foto abaixo, entrevistado pelo jornalista Walter Brito) foi durante 10 anos, assessor jurídico do Conselho da Defesa do Negro no Distrito Federal. Com a sua experiência na advocacia e como militante da causa negra em nosso país, Silvestre agora faz parte de um novo projeto, arrojado e importante como os outros que ele participou, entretanto, o objetivo de Silvestre no momento é melhorar a vida do advogado no Distrito Federal. Nesse sentido, ele disputa uma vaga no Conselho Seccional da OAB-DF, por meio da chapa Eu quero mais Ordem, comandada por Ibaneis Rocha, candidato a presidente e o professor Severino Cajazeiras, candidato a vice.


  • Lá na OAB/DF, Silvestre continuará defendendo a bandeira da negritude. Entrevistado pelo nosso site ele declarou: “Vivi a minha fase de glamour nas passarelas do Brasil e do mundo, o que foi muito bom e me trouxe conhecimentos. Na luta diária como advogado, tive a oportunidade de trabalhar pela integração do negro no processo de desenvolvimento do país, bem como na defesa de nossos direitos, quando assessorei o Conselho do Negro do Distrito Federal. No dia a dia da advocacia, continuo a dar a minha contribuição a esta causa nobre, que é a luta pela igualdade racial. Faço isso com prazer, sem radicalismo, mas com posicionamento firme a favor de nosso povo. É com esse espírito, que sou candidato a Conselheiro Seccional, na chapa Eu quero mais Ordem, sob a batuta dos colegas e amigos de longa data, Ibaneis Rocha e Severino Cajazeiras. Homens honrados e capazes de fazer um trabalho efetivo em prol do advogado. Estou com eles, oportunidade em que peço com muita humildade, os votos de nossos colegas advogados, que ainda não decidiram, inclusive, o voto de meus irmãos advogados afrodescendentes. Aproveito para convocar os advogados afrodescendentes de Brasília, para juntos construirmos uma nova história na OAB/DF, onde o advogado negro terá o espaço merecido, e, que nunca teve oportunidade”, disse.


  • Questionado sobre a forma abrupta que a advogada Josefina Serra dos Santos foi demitida pelo governador Agnelo, da SEPPIR-DF, Silvestre reagiu: “Isso é um absurdo e covardia dos poderosos que comandam o GDF. A Jô não podia passar por isso. Conheço a sua história, que se confunde com a história de resistência do negro no Brasil. Coloco-me a sua disposição para o que for necessário. Entendo que o governador deve explicar à sociedade, a forma injusta da demissão da militante referência da comunidade negra brasileira e advogada Josefina Serra. Finalizo dizendo, a Jô simboliza a nossa luta, conquistas e vitórias. A luta constante do povo negro brasileiro”, concluiu.

    Promotoras em defesa dos direitos da mulher
     


    A secretária-adjunta da Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal, Valesca Leão, participou, no último sábado, no Centro de Ensino Médio 4 de Ceilândia, da formatura de 30 novas Promotoras Legais Populares. Durante todo o ano, elas participaram de um curso ministrado em parceria com a Universidade de Brasília e com as organizações não-governamentais Centro Dandara de Promotoras Legais Populares e Agende, Ações em Gênero. As 100 horas/aula foram dadas no Núcleo de Práticas Jurídicas de Ceilândia, mas as alunas eram de todo o Distrito Federal.
    Valesca Leão parabenizou as alunas não só pela formatura, mas também pela garra, empenho, luta e comprometimento que todas tiveram para chegar até o final do curso. Além disso, colocou a Secretaria da Mulher à disposição de todas para que, juntas, possam promover um amplo trabalho em promoção e defesa dos direitos da mulher. "Precisamos unir forças para vencer o machismo, o patriarcado e o sexismo e construir uma sociedade baseada na equidade de gênero", reforçou a secretária-adjunta.
    Idealizador e um dos coordenadores do programa, o ex-reitor da UnB, José Geraldo de Sousa Junior, acredita que a universidade também ganhou muito com o curso. "É uma maneira de estabelecermos relações práticas que dão sentido ao conhecimento que elaboramos nas salas de aula."
    Participaram da solenidade a promotora do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios Lucia Helena; Ana Cristina Melo, delegada-chefe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam); Leila Rebouças, coordenadora do Fórum de Mulheres do DF em Entrono; Laizir Chaú, integrante do Fórum de Promotoras Legais Populares do DF e Entorno; Marlene Lucas, representando a homenageada da formatura, Dra. Josefina Serra dos Santos; e a advogada popular Diana Melo.
    Fórum de Promotoras - O Fórum de Promotoras Legais Populares do Distrito Federal (Fórum PLP/DF) é um espaço de articulação e troca de experiência na defesa dos direitos das mulheres nas comunidades do Distrito Federal. O Fórum PLP/DF funciona desde janeiro de 2006 e reúne as Promotoras Legais Populares do Distrito Federal.
    A ideia do Fórum PLP/DF é constituir um ponto de apoio para as Promotoras Legais Populares no Distrito Federal, no sentido de somar forças para o fortalecimento das ações de defesa dos direitos humanos nas comunidades do Distrito Federal e entorno.
    Além disso, o Fórum PLP/DF busca dialogar com os vários espaços de defesa dos direitos das mulheres e apoiar as ações propostas nacionalmente pelo movimento feminista.

    http://www.mulher.df.gov.br/noticias/item/2106-promotoras-em-defesa-dos-direitos-da-mulher.html


    Governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz cria secretarias do Idoso e da Igualdade Racial

    Novas pastas – O governador Agnelo Queiroz assinou, no início da noite de segunda-feira (8), decreto criando duas novas Secretarias de Estado no âmbito do GDF. A Secretaria do Idoso, que será comandada pelo suplente de deputado federal Ricardo Quirino, e a Secretaria da Igualdade Racial, que terá à frente Josefina Serra dos Santos, até então responsável pela chefia da Coordenação para Assuntos de Igualdade Racial do DF, da Secretaria de Justiça, Diretos Humanos e Cidadania (Sejus).
    Os assuntos relacionados às duas novas secretarias preocupavam o governador do DF, que buscava uma maneira de dar atenção especial à terceira idade, já que anteriormente foram criadas a Secretaria da Criança e a Secretaria da Juventude. A capital dos brasileiros registra um dos mais altos índices de expectativa de vida do País e tem boa parte da população na chamada terceira idade. Uma das grandes incentivadoras do governador Agnelo Queiroz foi a primeira-dama do DF, Ilza Queiroz, que já se dedica a trabalhos relacionados à pasta, que agora também serão tratados pelo novo secretário.
    Em relação à Secretaria da Igualdade Racial, Queiroz decidiu dar mais importância às ações que até então estavam sob a responsabilidade da Coordenadoria, sob a batuta da agora secretária Josefina Serra dos Santos. Com estrutura reduzida e sem provocar aumento de despesas além do previsto no orçamento do GDF, as duas secretarias não terão de passar pelo crivo da Assembleia Legislativa.
    http://ucho.info/governador-do-distrito-federal-agnelo-queiroz-crias-secretarias-do-idoso-e-da-igualdade-racial



    Coordenadora da Igualdade Racial quer censo sobre negros no DF


    Brasília, 11/05/2011 - A conselheira da OAB/DF, Josefina Serra dos Santos, tomou posse na terça-feira (10/05) como chefe da Coordenação para Assuntos de Igualdade Racial do DF (Copir), órgão vinculado à Secretaria de Justiça, Diretos Humanos e Cidadania (Sejus). A cerimônia aconteceu no auditório da Seccional e contou com a presença marcante de representantes de comunidades negras, indígenas e ciganas. 


    A apresentação musical do grupo de crianças e adolescentes percussionistas do projeto Entorno das Artes abriu o evento com cantos e batucadas tradicionais dos cultos afro. Em seguida foi exibido o vídeo “Senhora do próprio destino”, que conta a trajetória de luta da maranhense, empregada doméstica que migrou para o DF em busca de estudo para melhorar sua condição de vida e agora assume a titularidade de um importante órgão distrital. 


    Toda a cerimônia foi marcada por emoção e entusiasmo da plateia e das autoridades que discursaram, como a desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), Luislinda Dias de Valois Santos, primeira magistrada negra do Judiciário Brasileiro. “Que hoje no Distrito Federal seja o início de um movimento para todo este país que já foi tão perverso e ingrato para conosco. Aqui no Planalto Central, alguém abriu o olho e descobriu que a inteligência e a competência não é privilégio de nenhuma raça que não a raça humana”. 


    O presidente da OAB/DF, Francisco Caputo, agradeceu a Josefina Serra pelo empenho que dedicou ao Conselho Seccional, “não só como integrante do Pleno, mas como ativa participante de comissões da Ordem que vão às ruas e levam cidadania a uma parcela da população que desconhece seus direitos. Reconhecemos aqui o imenso caráter e personalidade desta pequena grande mulher, cujo trabalho incansável agora enriquece os quadros do GDF”. 


    A representante da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) da Presidência da República, Ivonete Carvalho, enfatizou a realização de um trabalho conjunto.“Ter um órgão no DF para fazer interlocução com a Seppir é fundamental para atingirmos nossos objetivos, que passam pela capacitação e a inclusão dos negros, que não tiveram oportunidades, e pelo fim do preconceito racial. Esta vitória de hoje é uma vitória do movimento negro”. 


    Em discurso emocionado, Josefina Serra fez agradecimento especial aos colegas da OAB/DF, a que chamou sua “casa” e discorreu sobre o plano de trabalho que implementará na Copir.


    “Nunca foi feita uma campanha para promover a autoclassificação do negro nos censos e pesquisas socioeconômicas. Quero fazer o levantamento de quantos são de fato os negros do Distrito Federal, onde estão, como vivem e o que pensam”. 


    No encerramento, o secretário adjunto de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania do Distrito Federal, Jefferson Ribeiro, foi aplaudido ao anunciar que nos próximos dias, com a reestruturação administrativa da Secretaria, a Copir será transformada em Subsecretaria para Assuntos da Igualdade Racial. 


    Reportagem – Demétrius Crispim 

    Foto – Valter Zica 
    Assessoria de Comunicação – OAB/DF
    http://www.oabdf.org.br/noticias/457/140496/CoordenadoraDaIgualdadeRacialQuerCensoSobreNegrosNo/


    Caputo convida para lançamento de selo pela Igualdade Racial

    Brasília, 19/03/2012 - O presidente da OAB/DF, Francisco Caputo, convida advogados e representantes da sociedade civil a participarem da solenidade de lançamento do selo Distrito Federal pela Igualdade Racial. A cerimônia será na próxima quarta-feira 21 de Março, Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, às 10h, no Salão Nobre do Palácio do Buriti.

    A iniciativa é da Secretaria da Promoção da Igualdade Racial, que tem à frente “a nossa estimada colega advogada Josefina Serra dos Santos”, lembra Caputo, que ressalta: “não podemos deixar de levar nosso apoio e nosso abraço a essa colega que vem desempenhando excelente trabalho no Governo do Distrito Federal”. 


    Para a secretária Josefina Serra, o selo será mais um componente de defesa e luta contra a exclusão e pelo fim da discriminação racial. “Queremos que o reconhecimento da igualdade ultrapasse as páginas da Constituição Federal e atinja de fato os campos político, econômico, social e cultural de nossa sociedade”.


    Reportagem – Helena Cirineu

    Foto - Mary Leal
    Comunicação Soical – Jornalismo
    OAB/DF
    http://www.oabdf.org.br/noticias/457/160398/CaputoConvidaParaLancamentoDeSeloPelaIgualdadeRacial/


    Josefina Serra , explica a atuação da pasta no combate ao racismo e à discriminação



    14/05/2012 Segunda-Feira, Dia 14 de Maio de 2012 as 12h:44
    Atualizada dia:
     14/05/2012

    Lei Áurea, que aboliu a escravidão no país, foi assinada há 124 anos, mas para a secretária de Políticas para a Promoção da Igualdade Racial do Distrito Federal (Sepir-DF), Josefina Serra dos Santos, a verdadeira abolição é aquela praticada no cotidiano, por todos os que combatem o preconceito e a discriminação.

    Ela começou sua militância política na década de 1980, no Movimento Negro Unificado (MNU), no qual desenvolveu projetos de capacitação e formação de jovens negras e negros no campo da estética. Josefina Serra foi conselheira da seccional DF da Ordem dos Advogados do Brasil e secretária da Comissão de Direitos Humanos e da Comissão de Direitos Sociais do mesmo órgão; coordenadora para Assuntos da Igualdade Racial do DF e, em agosto de 2011, com a Criação da Sepir-DF, foi nomeada a primeira secretária de Políticas para a Promoção da Igualdade Racial do DF.

    Nesta entrevista à AGÊNCIA BRASÍLIA, a secretária conta como ocorreu o processo de criação da pasta e os avanços alcançados após a assinatura da carta de intenções entre secretarias e órgãos do DF com o objetivo de mobilizar a administração pública para a promoção da igualdade racial. Ela lista ainda projetos que já estão em andamento e que serão realizados até 2014.

    Como ocorreu a criação da Secretaria de Políticas para a Promoção da Igualdade Racial do Distrito Federal?
    A criação da secretaria é uma luta de muito tempo. O governador Agnelo Queiroz criou primeiro a Coordenação para Assuntos da Igualdade Racial do DF e, percebendo a importância de um órgão específico, foi criada a secretaria em agosto de 2011, quando me convidou para assumir o cargo. O governo notou que todos os segmentos da sociedade têm direito ao acesso às políticas públicas e firmou o compromisso de ter um Distrito Federal desenvolvido não apenas economicamente, mas também no âmbito social e racial.

    Qual a importância da secretaria no cuidado com os negros, índios e ciganos?
    A criação da secretaria, que se deu no ano internacional do afro-descendente, foi para nós o reconhecimento da luta de todos os negros. Muitos esquecem que os nordestinos são responsáveis pela construção de Brasília, que a maioria é negra, e que continuam morando na cidade. Por isso esse órgão é de extrema importância, na medida em que esses segmentos passam a saber que têm direitos e acesso às políticas públicas. A falta de informação faz com que essas pessoas sofram todos os tipos de discriminação.

    Qual é a ação primordial da secretaria?
    No dia 21 de março assinamos uma carta de intenções com secretarias e órgãos do DF, com o intuito de transversalizar o tema da promoção da igualdade racial no âmbito da administração pública. Desde essa data, estamos entrando em contato com todos os envolvidos para que possamos trabalhar da melhor forma possível. Os projetos do governo devem ser trabalhados de acordo com as especificidades de cada segmento.

    E como está o processo de aplicação efetiva da Lei 10.639, de 2003, que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira em todas as escolas brasileiras, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio?
    Nós já estávamos trabalhado junto com a Secretaria de Educação para essa lei ser efetivamente implementada, pois infelizmente a maioria das escolas não inseriram essas matérias em suas disciplinas. Costuma ser ensinado nas escolas que nós, negros, contribuímos apenas com a feijoada, a capoeira e o samba. É uma forma pejorativa de ver os negros. Se começarmos a disseminar informações mais detalhadas e positivas dos países africanos, vamos trabalhar a autoestima dessa parte da sociedade.

    Existem outros projetos de destaque?
    África nas Escolas é outro projeto importante que devemos começar no próximo semestre, em parceria com a Secretaria de Educação. Já conversamos com as embaixadas africanas para elas serem parceiras nessa ação. O objetivo é tirar a imagem negativa da África e tentar desmistificar essa questão pejorativa de que os africanos vivem na miséria em um continente sem desenvolvimento. A ideia é que as escolas discutam essa temática nas salas de aula. Esse projeto é um modo para que a Lei 10.639 seja praticada.
    Outro projeto é o Selo pela Promoção da Igualdade Racial, lançado no dia 21 de março. O objetivo é trabalhar com órgãos públicos e privados a questão racial para que eles introduzam esses segmentos no mercado de trabalho. Trabalhar a diversidade e o combate à discriminação são alguns dos critérios para que os órgãos recebam o certificado. Estamos fazendo o mapeamento dos índios e ciganos que vivem no DF, pois precisamos desses dados para saber onde eles estão e como devemos trabalhar as políticas voltadas para eles.

    Como a secretaria vai comemorar o dia 13 de maio, data que marca a abolição da escravidão?
    Durante muitos anos nós comemoramos esse dia, mas depois que foi criado o Dia Nacional de Consciência Negra, em 20 de novembro, a data é considerada um motivo para se combater qualquer tipo de racismo e discriminação. Vemos essa data como o momento em que os negros foram deixados ao relento, porque a liberdade na época significou não ter onde morar e nem terra para plantar seu sustento. Quem está fazendo a verdadeira abolição somos nós.

    Fonte: Agência Brasília

    http://revistabrasilia.com.br/?pg=desc-noticias&id=21028&nome=%20Josefina%20Serra%20,%20explica%20a%20atua%E7%E3o%20da%20pasta%20no%20combate%20ao%20racismo%20e%20%E0%20discrimina%E7%E3o


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